Splatoon 3 – Terei chegado tarde à festa?

Splatoon é daquelas séries que me dá imensa pena de não ter começado mais cedo. Nem foi uma mea culpa que bem tentei as betas nas duas consolas sem sucesso. Não conseguia entrar nos servidores. Porquê? Não sei, mas a febre lá me passou ao lado.
No entanto, fico extremamente feliz de ver um novo IP a singrar com tamanha vitalidade nas consolas da Nintendo que sempre foram sinónimo de Mario, Zelda ou, claro, Pokémon. Existem actualmente mais franquias revitalizadas, mas começar do zero é e sempre será um risco. Que o diga o pobre do Arms – no final do dia, é tudo uma questão de oportunidade para capturar aquele relâmpago na garrafa.

Uma garrafa a entornar de um género já bem composto: o dos shooters. Temos shooters na primeira e na terceira pessoa; em vários contextos históricos e fictícios; focados na narrativa ou apenas na competição e como é que Splatoon se poderia destacar? Simples. Ao deixar os clichés para trás, o dos machos carecas com armaduras pesadonas e passados trágico-cómicos, entre outros, para dar lugar a coloridas e divertidas lulas. Ou Inklings.

À terceira iteração, até pode ser mais do mesmo, mas é mais de um mesmo refinado com centenas de horas de pura diversão leve e sem compromisso.
Se forem como eu, que dá prioridade aos modos campanha, podem começar logo pelo robusto Hero Mode, onde terão de superar missões que fazem lembrar Mario Susnshine e resgatar Cuttlefish. No entanto, como é apanágio destes jogos que vivem do seu multiplayer, este modo serve como introdução e recruta para a verdadeira batalha online, as Turf Wars e/ou Salmon Run – que passa a modo permanente após a segunda prequela, entre outros eventos.

Estes modos são rápidos, intensos, sem lugar para a monotonia e o único defeito é a sensação de só mais um nível que perdura. Porque a gratificação instantânea é tramada, podemos trocar as recompensas em forma de tickets por novo arsenal. Depois, claro que temos de o testar em combate e confirmar o quão diferente é a sensação face ao equipamento anterior. É mesmo: a variedade é a tinta que dá cor à nossa vida.

A Nintendo consegue assim o seu lugar ao Sol, enquanto mantém a sua imagem de marca familiar. E quem não adora um bom team building com paintball? Eu não – de todo!
E foi o que senti nas minhas horas nesta terceira sequela. Conseguia admirar todos os seus detalhes, qualidades e o porquê de ser uma série adorada pela comunidade; toda a insanidade colorida; as personagens extravagantes que conseguiram dar o salto para o titânico Smash, mas não me estava a divertir. E senti exactamente o mesmo com o título anterior. Não há dúvida que estas séries carregam um FOMO gigantesco!, se bem que merecido. Creio que a minha mentalidade com este Splatoon foi igual à que tive quando experimentei o Minecraft ou o Fortnite – sim, senhor, é muito giro, mas podia estar a investir as minhas horas noutra coisa. E, não posso mentir, se virem o meu cadastro, então sabem que sou mais movido a narrativa do que outra coisa.

Dito isto, já tenho saudades é de um bom choco frito.

Código cedido pela Nintendo Portugal.

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