O regresso a Horizon é feito em meias-medidas. Los Angeles é deslumbrante, agora transformada na titular Burning Shores, com ilhas repletas de beleza natural, uma cidade em ruínas e habitações de luxo que contrastam com a lava que escorre dos vulcões que romperam do solo. Esta beleza choca com a mesma repetição de conteúdos, com missões que pouco adicionam à fórmula da série e que tentam justificar uma ponte para o futuro – num terceiro título que já foi confirmado pela Guerrilla Games – que está a anos de distância. Desta forma, Burning Shores cai neste meio-termo entre oferecer mais Horizon aos fãs sem nunca conseguir adicionar elementos de destaque. A fidelidade visual suplanta a progressão mecânica, com o DLC a desperdiçar os seus melhores momentos – como a possibilidade de explorarmos os mares deste futuro pós-apocalíptico e os seus cenários mais verticais – para se assumir como um episódio demasiado à parte, que tenta, sem os melhores resultados, expandir o papel de Aloy como protagonista. Aloy e as personagens secundárias de Burning Shores mereciam mais atenção e tempo para crescerem.
O regresso a Horizon Forbidden West não é, no entanto, um desastre; longe disso. É uma oportunidade perdida para a Guerrilla brincar com a fórmula da série e sabe a pouco. É um DLC que cai no meio, ora satisfatório, ora frustrante. Se quiserem saber mais sobre Burning Shores e a minha opinião após terminar a sua campanha, oiçam o novo episódio de GLITCH REVIEW em baixo:

Código cedido pela PlayStation Portugal