Acredito que tenham chegado a este ponto como eu. Algures no YouTube, encontraram um vídeo sobre Critters for Sale, de Sonoshee, uma aventura gráfica, próxima dos point and click, com uma arte peculiar, construída pelo que parecem ser montagens e colagens em formato digital. As cores monocromáticas, as silhuetas, as animações irregulares e desumanas, onde a peculiaridade substitui a lógica, mas tudo envolto numa enorme coesão estética. Como eu, não resistiram ao seu chamamento e agora aqui estamos nós. Critters for Sale está instalado nos nossos computadores e só nos resta pressionar no ícone para iniciarmos a viagem.
*Click, Click*
Uma janela abre. No ecrã, Sonoshee sorri para nós, moldando a sua face para esboçar um sorriso sincero, mas pouco natural. Escolhemos a linguagem, numa estranha, mas necessária demonstração de acessibilidade — num jogo que nunca mais se irá preocupar com o nosso bem-estar — e somos avisados sobre o risco de epilepsia. Se sofrem da doença neurológica, é aqui que ficam. Por fim, ouvimos animais, sons de natureza, e clicamos em START.
Cinco opções surgem: SNAKE, GOAT, MONKEY, SPIDER e DRAGON. Estes são os episódios de Critters for Sale, o conjunto da sua experiência, e, surpreendentemente, podemos começar por qualquer um deles. Mas foquemo-nos em apenas três: