Nintendoomed: Três coisas que odeio na Switch!

Vamos iniciar a nossa nova rubrica Clique Baite, onde irei escrever parvoíces, mas com um toque de verdade. Irei exagerar e irei usar os truques de click bait e do sensacionalismo para ter a atenção que não tive em casa. Podem concordar, acenar e continuar a vossa vida digital ou podem inflamar aquela veia da testa e responder-me. Se tiverem ideias, digam-mas para que as possa roubar!
E para começar, nada melhor do que celebrarmos o aniversário da Nintendo Switch. São três anos a jogar em casa e nunca no comboio da linha de Sintra. A nossa Switch ainda é uma menor, mas a Nintendo já tem maturidade, experiência e idade para ter juízo. Vou aproveitar a ocasião para felicitar a consola e malhar na gigante nipónica que parece que bebeu demasiado no aniversário da sua mais nova.

Parabéns!

Só posso falar por mim e o pior que me pode acontecer é sofrer por antecipação; ligar a rumores e imaginar mundos e fundos sobre algo que nem foi anunciado. Antes do vídeo de apresentação da consola, eu próprio divagava sobre as possibilidades da ainda NX, que podia ler cartuchos da DS e da 3DS; que iria ter uma Virtual Console brutal e carregada de títulos desde a era da Wii e, claro, ia ter jogos da GameCube que só se encontram nos eBays da vida ao preço de uma renda em Lisboa. Depois saiu o vídeo de apresentação e todos os meus sonhos rebentaram como uma bolha de sabão e voltei a adormecer mais salgado do que o Mar Morto. O tempo foi passando, a Nintendo Switch foi esmiuçada na Internet e fui-me apaixonando pela híbrida e pelo que oferecia na realidade, e não no meu mundo de sonhos frustrados. Claro que ter um Zelda no lançamento falava mais alto, mas… havia tantos mas.

A consola lá saiu, fugi do trabalho e fui comprá-la na data de lançamento porque não sei esperar. Três anos depois, posso dizer que este amor continua forte e continuará no futuro. Com várias consolas em casa, 90% do meu tempo de jogo é passado com a Nintendo Switch. Está bem que é a minha ferramenta de trabalho e que é fantástica para fazer grind enquanto vemos uma série qualquer, mas a criatura acompanhou-me durante os meses de baixa – o mesmo não posso dizer de algumas pessoas! Mas… e continua a haver tantos mas… Por mais que adore a consola e os seus jogos, tanto os antigos como os novos, há detalhes que me enervam e não há óculos cor de rosa que me valham.

São três anos, portanto seguem-se as três razões pela qual odeio a Nintendo Switch:

1) Os Joy-Cons
São comandos catitas que se dividem como Kit Kats nos momentos de pausa; é quase mágico deslizá-los da consola e passá-los para as mãos do parceiro para umas partidas de Mario Kart, Smash ou para aqueles indies cooperativos.
À volta de uma televisão gigante ou agachados à frente do pequeno ecrã, a Switch é um sucesso garantido. O pior que podia acontecer à grande N, é passar a ser uma das grandes culpadas de contágio do Covid-19 com os comandos a andarem por várias mãos…
Continuando, já não via tantos problemas com estes pedaços de plástico desde o Red Ring of Death da Xbox 360, mas enquanto a Microsoft prolongou garantias e reparou sistemas com este problema, a Nintendo sorriu, meteu o nosso dinheiro nos bolsos e mandou-nos passear com um chuto no rabo. Aliás, só cedeu no arranjo quando avançaram com uma queixa judicial.
Já tive dois problemas de drift, um dentro da garantia, que a loja teve de resolver, e outro já fora da garantia, que tive eu de arranjar. Pior? Não admitir o problema e lançar outra versão da consola com os mesmos problemas…
E o HD Rumble? Eu bem sei o que podiam fazer com isso, mas como são várias faixas etárias a ler, vou só dizer que o desliguei porque é das piores coisas que já tive a vibrar na minha mão.

Estou arrependido de não ter ido com aquelas cores…

2) Online!
Por onde começar…
Para além de os Friend Codes serem a coisa mais massuda que existe para adicionar amigos, tê-los, ou não, na consola é igual a zero. Às tantas ponderava se valia a pena copiar todos aqueles números para adicionar pessoas que vão ficar para ali em forma de ícones de Miis; não podemos convidar para jogos, não podemos mandar mensagens ou começar chats.
Cabe aos estúdios adicionarem essas funcionalidades básicas que já deviam existir! E calma, mas os amigos podem interagir! Descarreguem a app para os telemóveis e pronto, está feito. Uma app que podia, não sei, ser descarregada da eShop e instalada na Switch sem jigajogas. Uma consola que também se diz portátil e simples só se contradiz assim.

E por falar em eShop e em descarregar apps de outras fontes para contornar o mau serviço da Nintendo, não há desculpa para eu ter de utilizar sites de terceiros para ver as promoções da eShop.
A loja online é uma miséria. Não só demora a carregar como demora a avançar entre jogos na altura de ver as promoções, agora imaginem quando são centenas de jogos. E isto é só no ano três!
A minha sugestão é adicionarem tudo à lista de preferências e irem por aí. A loja está mal organizada, arrumada e optimizada; não há um filtro ou sistema de classificação para mandar para trás toda a palha mobile que vem parar à Switch para ganhar o euro fácil; já apanhei descrições em inglês, português de Portugal e português do Brasil e numa mistura das duas.
A ausência de uma Virtual Console é gritante dado o seu sucesso nas outras consolas. Mesmo quando a Nintendo “obrigou” a um pagamento para passar os jogos de uma consola para a outra, muitos quiseram tê-los num só sítio e acredito piamente que o fariam novamente para terem os clássicos em modo portátil. Ah, mas temos!, dizem vocês, temos o Nintendo Switch Online!
Na minha opinião, o NSO é mais areia para os olhos do que outra coisa, mas admito: já podemos jogar NES e SNES!, só que o catálogo dá pena e ao ritmo a que os jogos são lançados, lá para a Switch 3 voltaremos a ter os jogos da Nintendo 64 e é melhor parar de sonhar com a GameCube.
Eu sei, poderá haver problemas com licenças neste e noutro jogo, mas a grande N está sentada num ninho de ovos de ouro e nós só queremos fazer uma omelete nostálgica.
Pagaria sem pensar duas vezes por vários RPG da SNES e da Gamecube, mas o dinheiro dos remasters sabe bem, não sabe? A meu ver, toda a infraestrutura online da Nintendo, e em 2020, está ao nível de um Xbox Live quando estreou para não dizer pior, o que é uma pena.

Eu.

3) Caixas dos jogos
As caixas dos jogos da Switch são feias e morrerei neste monte a defender a minha opinião. Olhem para as caixas da 3DS, branquinhas, lisinhas, tão bonitinhas e quadradinhas, com o cartucho aconchegado entre folhetos e manuais. Já as da Switch são grandes sem necessidade, o cartucho nada lá dentro e sobra tanto espaço quando não trazem manuais; também é demasiado vermelho Mario para uma prateleira do IKEA.
Numa altura em que estamos todos preocupados com o ambiente, com o consumo excessivo de plástico e com o desperdício, estas caixas abusam, mas depois ainda há aqueles que fazem o favor de: vender metade do jogo no cartucho; vender apenas um jogo da colecção no cartucho com os restantes a serem digitais e vender caixas vazias com códigos. Nada grita desperdício como a ganância humana.

Nunca mais voltam a falar comigo ou com a minha filha!

E como prometi, ficam apenas três coisas que odeio em ti. No quarto ano, talvez adicione mais um ódio de estimação (podia deixar aqui, mas sou uma pessoa de palavra). Poderei estar a exagerar assim só um bocadito, mas a verdade é esta: a Switch tem problemas que já não deviam existir neste ano e nesta consola. Adoro de morte os seus jogos desde a minha infância, mas caramba se a Nintendo não toma as piores decisões. Gostaria de dizer que um dia irão pagar!, mas quem irá pagar somos nós – e eu, porque sou um vendido e não tenho respeito por mim próprio.

Até à próxima! Bons jogos!

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