Dreams! A nova aposta da PlayStation 4 está aqui para inspirar e cativar jogadores e possíveis criadores. O novo título da Media Molecule, que é mais um motor de jogo acessível do que um jogo por si só, é um êxito por razões óbvias, entre elas a possibilidade de participarmos ativamente numa comunidade com tudo o que fazemos e exploramos, e com a facilidade com que respiramos.
O meu tempo no jogo, depois de experienciar o fantástico Art’s Dream, foi a ver tutoriais para criar a minha obra-prima, o Homem-Feijão, e no processo de criação do meu herói original (por favor não roubem), reparei que Dreams está cheio de Sonic.
Talvez seja simplesmente o poder criativo do jogo, que permite que se criem jogos como sidescrollers 2D e plataformas 3D, a falar mais alto ou o facto do filme de Sonic ter estreado e não ser – aparentemente – um desastre, mas porra, há mesmo muito Sonic.
Este foi um padrão que encontrei acidentalmente em busca de assets, mas que me chamou a atenção quando encontrei na secção “New Trending Dreams” não um, não dois, não três, mas uma meia dúzia de projetos do Sonic, tudo de pessoas diferentes.
“Once seen, can not be unseen” assenta que nem uma luva e desde então tudo o que procure no jogo (ou quase tudo, vá) inclui algo relacionado com o Sonic. E é tão incrível, como assustador porque, como sabem, a Internet é um sitio lixado no que toca a material do Sonic e se ninguém coloca um travão nisto é melhor chamarem Nightmares ao jogo.
A minha curiosidade mórbida levou-me a um buraco negro dentro do jogo. Felizmente, Dreams não tanto o DeviantArt (NSFW), como esperava e entre muitas coisas encontrei jogos e assets legitimamente bons, considerando as limitações do jogo e o facto de ser quase tudo criado por uma pessoa.
No outro dia, comentava com o Canelo que se tivesse “buéda skill” queria recriar a introdução do Sonic CD. No Dreams não encontrei isso, mas qual não foi o meu espanto ao encontrar imediatamente o modelo da versão anime dessa introdução, totalmente funcional, com diferentes animações pronta a ser usada numa criação.
Encontrei também tentativas de jogos, com níveis de protótipo, que dão para perceber perfeitamente que são feitos por malta que adora o Sonic, mas o meu favorito foi um jogo tão ambicioso e cheio de detalhes que se comportava tão bem como Sonic the Hedgehog (2006), desde os controlos autênticos à performance hilariantemente má – até parece que foi de propósito.
No outro oposto, encontramos recriações legitimamente boas como um protótipo do Sonic Adventure, capaz de enganar os mais distraídos.
Há também muita coisa original, mas num mundo que vive tanto da pop culture dos super-heróis e das “guerras das estrelas”, parece ser o Sonic a marcar maior presença em Dreams.
Moral da história? Fãs do Sonic são criativos (?). Talvez seja isso, não sei. Uma coisa é certa: Dreams é perfeito para darem vida às vossas ideias. Tudo é possível. Se Sonic não é a vossa cena e querem coisas originais, espreitem o meu Homem-Feijão e dêem-lhe um propósito, poderes, aventuras, qualquer coisa. Ou espreitem o nosso novo fenómeno luso, o Croquete Simulator, do nosso amigo José ‘Zarc’ Castanheira.
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