Por: Bruno Sirgado
Mortaaaaal Kombaaaaaat! Agora que a theme song do célebre filme do Mortal Kombat está gravada nos vossos cérebros, chegou a altura de falar sobre o próximo capítulo daquele que é o apogeu sanguinário dos jogos de luta. A experiência vem comprovar que a NetherRealm Studios continua a desafiar os limites de um género que, não há muito tempo, esteve em vias de extinção. A personalização das personagens, as novas mecânicas de jogo e o regresso às raízes do género antevêem um Mortal Kombat amadurecido pelos largos anos de experiência de Ed Boon e companhia.
Esta beta fechada foi um hino a uma era onde a internet não existia e as tardes eram passadas nas arcadas a tentar descobrir as combinações e os truques especiais das nossas personagens favoritas. Sem a presença de um modo de treino ou tutorial, o principal objectivo foi testar a componente multijogador e aliviar (e convencer) os jogadores que desesperam pela chegada do produto final. As partidas online decorreram lindamente, os carregamentos rápidos colocam o jogador imediatamente na ação, e poucas foram as partidas onde existiram dificuldades técnicas. De destacar ainda o pormenor de sermos notificados se estamos perante um adversário com uma ligação à internet por cabo ou wi-fi (#useacable).
Ainda é incerta a forma como a produtora irá introduzir os novos jogadores a este novo Mortal Kombat, mas o facto é que não será pêra doce para os principiantes. A jogabilidade de Mortal Kombat 11 baseia-se no controlo do espaço e na precisão dos movimentos. O ritmo da ação é mais lento e os combos menos extensos. Em contrapartida, os jogadores têm mais opções defensivas e ofensivas, que irão testar a capacidade de decisão de cada um. Mortal Kombat 11 continua a premissa de Injustice 2 de tornar a experiência única para cada jogador, com a possibilidade de moldar os lutadores não só esteticamente, mas também no que respeita o arsenal de movimentos especiais.
A violência desmesurada está de regresso e proporciona momentos de grande diversão (a não ser que tenham estômago fraco). Da produtora espera-se a entrega de conteúdo ao género do título anterior e uma forte aposta nos eSports. A fidelidade gráfica é soberba e vem cimentar o trabalho que o estúdio tem vindo a desenvolver desde Mortal Kombat 9. Posto isto, podem ainda esperar o regresso de lutadores clássicos (incluindo Shang Tsung com a participação especial de Cary-Hiroyuki Tagawa) e outros que marcam a sua estreia na série.
Apesar de algumas incertezas, há poucas produtoras na indústria que inspiram confiança nos jogadores como a NetherRealm Studios. O regresso da Krypt, a promessa de um modo história robusto e o grind inevitável para a obtenção itens de personalização, colocam Mortal Kombat 11 na mira de todos aqueles que procuram algo mais num jogo de luta. A nível pessoal, espero ansiosamente pela oportunidade de mostrar ao Duarte a nova espargata do Johnny Cage.