5 Séries Que a SEGA Deve Recuperar

Com a SEGA a alterar a sua estratégia comercial e a apostar em propriedade intelectuais adormecidas, decidimos olhar para o seu catálogo extenso e descobrir as 5 séries mais merecedoras de um regresso. Foram precisos quase 20 anos, duas consolas falhadas e vários maus investimentos para a SEGA perceber que os fãs só querem duas coisas: Sonic e as mesmas séries de sempre. Demorou, mas aqui estamos nós!

PANZER DRAGOON

O desaparecimento de Panzer Dragoon será recordado como um dos maiores acontecimentos do Século XXI, apesar dos historiadores continuarem a recusar as minhas teorias. Uma coisa é certa, Panzer Dragoon é uma das franquias mais icónicas da SEGA e merece uma segunda oportunidade para expandir a sua narrativa e mitologia. E sim, existia uma história para além do dragão que atirava raios da boca.

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“Está aqui a dizer que a sua teoria é estúpida” – foi esta a mensagem que os historiadores me enviaram por carta.

A série clássica, que marcou a SEGA Saturn e momentaneamente a Xbox original, tem tudo para funcionar num mundo pós-realidade virtual. A SEGA só precisa de construir uma sequela direta para Orta, o último título da série, e manter a jogabilidade tradicional da série para captar o ambiente surreal e de arcada dos títulos originais.

Ou então – e esta ideia é tão de caras que até faz impressão – podemos receber primeiro uma coletânea em HD da série e depois apostar em grande numa sequela. Meu deus, parece que a SEGA não quer fazer dinheiro!

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Os gráficos podem estar ultrapassados, mas o sacana do dragão ainda tem estilo!

COMIX ZONE

Alguns jogos estão destinados a serem títulos de culto. Flops comerciais, adorados por poucos e esquecidos por muitos, é inevitável. Comix Zone, lançado durante os últimos meses da Mega Drive, é um destes jogos e hoje em dia é também conhecido como “aquele jogo de BDs das coletâneas da SEGA”. A vida é assim.

No entanto, a história foi boa para o jogo de ação em formato de banda desenhada e é agora recordado como um dos melhores títulos para a consola de 16 bits da SEGA. Uma sequela nunca foi produzida, mas isso poderá mudar se a produtora tiver algum engenhoso e bom senso.

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Imaginem um jogo onde os jogadores podem adicionar os seus próprios desenhos. Fantástico, certo? Agora imaginem a quantidade de pénis que o jogo ia ter.

Há muito para explorar no seu mundo e as sequelas poderiam ter expandido a história por vários caminhos narrativos. Infelizmente a SEGA viu o número de unidades vendidas antes de iniciar a produção do segundo título e deixou-nos com versões manhosas para PC e participações em coletâneas que não convenceram ninguém. Mas imaginem uma banda desenhada viva onde os jogadores podem entrar e moldar à sua vontade. E quando dizemos “moldar”, aquilo que queremos mesmo dizer é “bater em tudo o que se mexe”.

A passagem para as três dimensões poderá ser o único problema de uma eventual sequela, mas hoje em dia, onde a nostalgia vende tanto quanto a pornografia (por favor não me citem), a jogabilidade de Comix Zone poderia manter-se inalterada e munida de um estilo cartoonesco e cel-shaded. A mesma jogabilidade, mas num mundo mais extenso e dividido por zonas que poderíamos revisitar com várias habilidades para desbloquear e um sistema de combate mais completo. Comix Zone tem tudo para um regresso em grande.

SKIES OF ARCADIA

Por falar em más decisões da SEGA, digam olá ao melhor RPG que vocês (provavelmente) não jogaram. Skies of Arcadia foi, durante muitos anos, um dos maiores títulos da Dreamcast e um dos melhores exemplos do género. E para tal, só precisou de nos dar um sistema de combate simples, mas dinâmico, personagens adoráveis numa história básica, mas divertida, e BARCOS VOADORES. E claro, PIRATAS DOS CÉUS. Bolas, SEGA!

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Na imagem: A vossa cara quando se aperceberam que o jogo tem BARCOS VOADORES. OH MEU DEUS!

Lançado originalmente em 2000, e depois em 2003 para a GameCube, Skies of Arcadia é um dos melhores RPG que joguei. Não é inovador e não tem a melhor história do género, mas é tão coeso, cativante e envolvente que é impossível ficar indiferente. Bom, para a SEGA não foi impossível, já que se recusou a lançar uma sequela.

Mas hoje em dia, o género está mais popular do que nunca, com títulos como Final Fantasy XV, Tales of Berseria e Persona 5 a demonstrarem como os estúdios podem evoluir a fórmula. O novo Skies of Arcadia iria beneficiar do poder das consolas atuais e dar-nos batalhas aéreas mais dinâmicas, sem turnos e totalmente em tempo real. Imaginem este mundo de piratas onde poderíamos escolher o nosso destino e dominar os céus com o nosso barco voador.

JET SET RADIO

Assim que comecei a planear este TOP, apercebi-me que existiam séries que não podia colocar de parte. “Os fãs vão-me trucidar se não colocar esta ou aquela”, pensava eu enquanto escrevia. E por essa razão, decidi que Jet Set Radio tinha de ser incluída, apesar de ser uma série que me é indiferente.

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Aqui está a equipa toda. Beat e os outros que ninguém sabe o nome.

Eu sei, vocês acham que eu estou errado. E se calhar até estou, mas o design e direção de arte nunca me atraíram. Cheira demasiado a inícios do Século XXI para o meu gosto e a jogabilidade, que tantos idolatram, também não me convenceu. Mas depois pensei nas possibilidades de uma sequela, de um mundo atualizado e com funcionalidades online que elevassem a fórmula para um novo patamar. E ai, fiquei convencido. Sim, fiquei convencido pela minha própria ideia.

Esqueçam a estrutura dos dois títulos anteriores. Jet Set Radio: O Regresso seria focado quase unicamente no modo online e colocaria os jogadores a escolherem uma fação para defender e expandir pelo mundo do jogo. A cidade seria novamente o cenário principal, mas agora teríamos grupos de artistas a espalharem as suas marcas pelas ruas e a conquistar novos territórios. O mundo estaria em constante mutação e dependeria sempre das ações dos jogadores. Imaginem o Splatoon, mas ainda melhor…e em patins.

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Algo me diz que o online ia ser basicamente isto: malta a pintar os outros jogadores. É um mundo de trolls, meus amigos.

Eu não sou game designer e se calhar até acham que esta ideia é horrível, mas seria o suficiente para expandir a ideia dos jogos originais. Um jogo vivo que colocaria os jogadores a criar e a gerir as suas fações como um MMO, mas com a jogabilidade dos anteriores e com o mesmo foco nas artes urbanas. Iria funcionar? Talvez, mas uma coisa é certa, eu iria jogar!

STREETS OF RAGE

E por falar em séries que não podem ficar de fora, chegamos a Streets of Rage, a franquia que tentou tantas vezes regressar às consolas que perdeu a piada e passou a ser apenas triste. Lembram-se daquele jogo para a Dreamcast? Nós lembramo-nos. E lembram-se dos remakes e reboots que foram anunciados e que nunca viram a luz do dia? Nós também. E recordam-se do Fighting Force? Bom, acho que já perceberam.

A SEGA parece não saber o que fazer com Streets of Rage e eu até compreendo. Um beat’em up acaba por ser muito limitado quando pensamos nas suas mecânicas, pois envolvem sempre: 1) andar da esquerda para a direita; 2) dar socos e pontapés; 3) usar ataques especiais; 4) não morrer. Tão simples como isto. E nós adoramos esta simplicidade, claro.

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Na verdade, só precisamos desta imagem.

Penso que Streets of Rage, tal como Comix Zone, não precisa de mudar para voltar a captar a atenção dos jogadores. A série está tão enraizada na nossa geração que só precisamos de um reboot ou sequela – que não mude quaisquer mecânicas – para nos reconquistar. Aqui a ideia é aperfeiçoar a jogabilidade clássica antes de evoluir a fórmula com novos jogos. E penso que Streets of Rage é a série ideal para captar esta nostalgia e partilha-la com as novas gerações. Esqueçam Golden Axe!

Estas são as cinco série das SEGA que merecem uma segunda oportunidade. Concordam com a nossa lista? Deixem a vossa opinião nos comentários e vemo-nos no próximo TOP do GLITCH EFFECT!

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