Antes de começar, sim, eu tenho uma Xbox One. Sim eu adoro a minha consola. E sim, tenho receio do que a Microsoft pretende fazer com a sua marca. Mas será que é razão para ficar preocupado ou entusiasmado com o futuro? Após um pequeno brainstorming posso dizer que neste momento estou super empolgado para jogar alguns dos meus jogos favoritos no PC.
A pouco e pouco a Xbox “lá perde mais um exclusivo”. Cada vez que abrimos uma página da indústria é fácil ver em grande destaque estas notícias como se um império se desmoronasse, e as reações são um misto de celebração por parte dos fanboys arrogantes, que acham que a concorrência ganha muito com isso e que agora não precisam de uma Xbox porque têm um PC, e um choro tremendo dos outros fanboys que parece que ficam a ver a vida a andar para trás. Em comum nasce um ódio aquela marca do anti-cristo: a Microsoft e a Xbox!
Entre muita “perda de exclusivos”, as últimas grandes quedas foram Quantum Break e as futuras iterações da série Forza. “Ouch!” – Pensei eu cá para mim quando li a confirmação disto. Mas logo de seguida dois pensamentos fizeram pop-up: “Posso jogar Forza no PC? Posso comprar um jogo e jogá-lo em duas plataformas diferentes? Mas isso é… fantástico. Como é que isto me afeta negativamente? Pois. Não afeta.” Eu tenho um PC. Qualquer jogador tem um PC. Posto isto comecei a pensar – no que esta nova estratégia nos pode trazer. nos prós e contras daquilo que podemos esperar da plataforma Xbox.
Daquilo que podemos ver ao horizonte é o cross-buy, cross-play e o cloud-saving que acho mais interessante. Dependendo dos jogos e das suas funcionalidades, enquanto jogador poderei comprar um titulo para uma plataforma e receber uma segunda versão (Ex: Quantum Break), jogar com uma comunidade maior, ao incluir os jogadores de PC (Ex: Gigantic), e usar a “nuvem” para eventualmente saltar de plataforma em plataforma para progredir num jogo. Em termos de comparação tudo interações semelhantes ao que a PS4 e PSVita podem fazer.
Tudo parece ótimo na teoria e espero que funcione tão bem como descrevi, mas há duas possibilidades que me deixam mais entusiasmando, a capacidade de poder vir experimentar alguns dos meus jogos favoritos numa plataforma diferente, com periféricos diferentes (teclado e rato, volantes, etc…) e com uma performance melhor, e a possibilidade de podermos vir a ter também a retro-compatibilidade no pc. Aqui poderei já estar a sonhar alto, nada foi confirmado, apenas se sabe da intenção de Phil Spencer em trazer a Xbox 360 para o PC.
Infelizmente existem algumas coisas de menos positivas. Não para quem já tem uma Xbox One, mas para jogadores de PC interessados nos jogos da Microsoft. Algo de muito chato é a possibilidade do Xbox Live passar a ter uma subscrição que englobe todo o ecossistema Windows 10, colocando o multijogador e outras funcionalidades atrás de uma paywall. Para complicar a vida a quem tem PC, para se jogar a maioria dos jogos com um desempenho semelhante ao que a Xbox One oferece, são necessário máquinas bastante boas e que facilmente ultrapassam o valor da consola. Mesmo nesses casos, devido a qualidade dos ports, os jogadores ficam limitados a opções gráficas pré-definidas.
Estes são apenas o meus 500 tostões muito superficiais sobre o assunto. Não quero dar numa de Nostradamus mas sinto que esta direcção irá causar um grande movimento tectónico na industria e que na próxima geração a consola Xbox poderá deixar de existir, dando lugar uma nova plataforma que não uma consola nem um “computador”.
Concluindo, se forem uns coitadinhos como eu, não se preocupem por terem uma Xbox One e chamo-vos à atenção para não irem já vender a vossa consola, para comprar um PC três vezes mais caro. Porque não só é parvo como é possível ter o melhor de dois mundos. A vossa consola vai continuar a ter suporte e jogos do camandro. Neste momento mal posso esperar para poder jogar Forza 6 Apex no PC (que será gratuito) e até dar a conhecer a série a mais amigos.
O futuro não é assim tão mau.
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