PAIS, FILHOS E VIDEOJOGOS | 4. Classificações e idades

A par da pesquisa de informação, análise de cada jogo e do bom senso, existe outra ferramenta indispensável na avaliação pré-compra de videojogos: os  sistemas de classificação etária. Variam de país para país, com diferenças nos nomes e especificidades, incluindo a força do machado da “censura” a conteúdos violentos ou sexuais (Austrália, alguém?!), mas tem uma base comum: categorizar, por idade, cada um dos títulos.

Existirão, com certeza, argumentos a favor e contra este tipo de classificação, com vozes de defesa e outras de crítica à fiabilidade da generalização e formatação da prática. Contudo, deixaremos esse debate para outra altura, e, por agora, focar-nos-emos no sistema de classificação PEGI (Pan European Game Information), uma vez que é este o sistema utilizado pela quase totalidade do território europeu para a classificação de videojogos.

Está na altura de assumir que os miúdos não podem escolher os jogos sozinhos, ok?

Pode ler-se, no site oficial, que as “classificações etárias fornecem orientação aos consumidores (em especial aos pais) para ajudar a decidir se devem ou não comprar um determinado produto”, neste caso, os jogos. É, por isso mesmo, uma importante ajuda para todos os pais que têm em mãos a tarefa de comprar um jogo e precisam de saber mais sobre o quão apropriado o mesmo realmente é.

Este tipo de classificação ajuda a compreender que temas um determinado título aborda e a partir de que idade é considerado apropriado. Se um jogo tem classificação PEGI 7 é adequado para quem tenha idade igual ou superior a sete anos, já um jogo classificado como PEGI 18 é apenas destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos. Ainda que já saibamos que a violência nos jogos não gera comportamentos do género, a classificação tem um propósito claro e não deve ser ignorada pelos pais

De forma muito resumida, o PEGI combina uma declaração de conteúdo com a análise individual de cada jogo para a atribuição de uma classificação. Este processo começa do lado das editoras, responsáveis por enviar um formulário cujo objetivo é ajudar na verificação de conteúdo. Seguidamente, e apostando num sistema otimizado para conseguir chegar a todos os jogos, os responsáveis da PEGI concentram-se em certos aspetos do conteúdo e temas do título em questão, determinando assim a classificação do mesmo.

A informação relativa a este sistema pode ser encontrada na embalagem de cada jogo, com os seguintes símbolos a significarem:

– RÓTULOS ETÁRIOS –

 

dqdqd
Fonte: http://www.pegi.info/pt

 

– RÓTULOS DE CONTEÚDO –

 

DNG
Fonte: http://www.pegi.info/pt

Importa, no entanto, compreender que a classificação etária não tem em consideração o nível de dificuldade dos jogos. Ou seja, o título em causa pode ser classificado como apto para ser jogado por uma criança de quatro anos mas, ao mesmo tempo, ser difícil para a mesma em termos de jogabilidade. Isso significa que este tipo de classificação deve ser um dos (e não o único) elementos de análise de um jogo no processo de compra, em conjunto, com a investigação prévia do título.

Apesar de muitas vezes ignorados, estes símbolos, encontrados habitualmente na parte inferior frontal da capa dos jogos e no verso das embalagens, devem ser considerados pelos pais como fundamentais no processo de compra. Ainda que cada caso seja um caso – e cada criança seja uma criança – é importante ter em conta estas balizas etárias na altura de decidir se o jogo pedido é realmente o mais indicado.

Próximo: Vício
Anterior: Violência e influência

 

imagem de destaque via Kotaku

Advertisement

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.